Vou escrever ainda sobre efeito da emoção do filme. Assisti ontem o filme Paratodos de Marcelo Mesquita em uma sessão especial para profissionais da área da educação especial, seguido de um bate papo com Liliane Garcez que foi responsável pelo material de apoio que será distribuído nas escolas. O filme sairá de cartaz essa semana, então corram pra ver. Mas não pensem vocês que assistirão um filme piegas, que sairão de lá tristes, cabisbaixos e com dó de todos os deficientes. Como disse o Fernando Fernandes, ator e cadeirante: _ Aqui a chapa quente!
As Olimpíadas do Rio 2016 estão aí e logo em seguida os Jogos Paralímpicos. O Brasil sempre trouxe muitas medalhas em várias categorias. Atletas paralímpicos são reconhecidos e respeitados, menos no Brasil. Ingressos para os Jogos Paralímpicos estão sobrando, apesar dos preços mais baratos do que dos Jogos Olímpicos.
O filme mostra o esporte de alto rendimento, a dedicação, organização, planejamento e a profissionalização. Foi filmado em 4 anos e acompanhou 4 modalidades: futebol de 5 (cegos), atletismo, canoagem e natação.
Claro que rolou umas lágrimas, mesmo em quem tem 29 anos de convívio com pessoas com deficiências, mas vibrei muito com o futebol e tentei roer minhas unhas postiças, fiquei revoltada com as injustiças de um torneio de canoagem na Itália e ri muito também. Quem pensa que deficiente é triste e mal humorado, enganasse. Alguns são como todos somos em alguns dias e alguns momentos. Mas no filme e na vida real tem muita alegria e nenhuma dó.
E o melhor que o filme está disponível para apresentação em escolas públicas. Entre no site e agende. http://www.filmeparatodos.com.br/mobilizacao.php
Descrição das imagens: A esquerda o cartaz do Filme Paratodos com a fotos de vários esportistas que participaram do filme. A direita, na imagem estou em pé com a mão no ombro do Fernando Fernandes, atleta paralímpico da canoagem e um dos atores do filme.
Pedagoga com habilitação em Educação de Deficientes da Audio-comunicação. Psicopedagoga e professora de surdos.
Apaixonada por tecnologia assistiva e mídias sociais. Sonhadora, acredita na inclusão, no respeito as diferenças e no direito a igualdade. Viu muita coisa mudar desde que se formou, mas sabe que tem muita coisa a ser feita.
Viajante, mãe da Giulia, chocólatra e adora tomar cafés com ela mesma ou com amigos.