Resumo da Lei Brasileira da Inclusão

A Presidência da República sancionou, nesta segunda, 6 de julho de 2015, a Lei Brasileira de Inclusão. A aprovação dessa lei fortalece o segmento das pessoas com deficiência e se soma a outras leis de igual importância como a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei de Cotas, que reserva postos de trabalho às pessoas com deficiência. No dia 24 de julho, a Lei de Cotas completa 24 anos de existência (8213/91) e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo fará dupla comemoração: o aniversário da Lei de Cotas e a sanção da Lei Brasileira de Inclusão.

A aprovação da Lei Brasileira de Inclusão atende a reivindicações antigas. Nasceu equivocadamente como “Estatuto da Pessoa Deficiente”, em 2003, por autoria do então deputado Paulo Paim. Após passar por várias revisões, estudos e modificações, capitaneadas pela deputada federal Mara Gabrilli, chegou-se a uma versão que caminha na linha da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, cujo teor é voltado ao protagonismo, cidadania e inclusão social. O Estatuto transformou-se na Lei Brasileira de Inclusão, também chamada pela sigla LBI. Passará a valer em 180 dias após sua sanção, ou seja, a partir de janeiro de 2016.

Entre as várias mudanças importantes, a LBI aprova o AUXÍLIO INCLUSÃO para trabalhadores com deficiência que exerçam atividade remunerada. Entre as novas conquistas destacam-se, ainda: o trabalhador com deficiência poderá utilizar o FGTS para aquisição de órteses e próteses e, também, haverá proibição aos planos de saúde de praticarem qualquer tipo de discriminação em razão de sua deficiência.

Na Educação: haverá proibição às instituições de ensino para que não cobrem mais de alunos com deficiência; reserva de 10% das vagas em instituições de ensino superior ou técnico; e obriga o poder público a fomentar a publicação de livros acessíveis pelas editoras.

No campo da Mobilidade: reserva de 2% das vagas em estacionamentos; 5% dos carros de autoescolas e de locadoras de automóveis deverão ser adaptados para motoristas com deficiência.

A LBI também traz novidades no campo da Moradia: reserva de 3% de unidades habitacionais em programas públicos ou subsidiados com recursos públicos. Na Cultura: teatros, cinemas, auditórios e estádios passam a ser obrigados a reservar espaços e assentos adaptados. O campo do Turismo também é contemplado: cota de 10% de dormitórios acessíveis em hotéis.

No Esporte, a Lei Brasileira de Inclusão estabelece 2,7% da arrecadação das loterias federais para o esporte. Hoje esse percentual é de 2%. Dessa parte a ser destinada ao esporte, a LBI prevê que 37,04% devem ser repassados ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 62,96% ao Comitê Olímpico (COB). Atualmente o CPB fica com a fatia de 15% e o COB, 85%.

A lei vai afetar diretamente o dia a dia das pessoas com deficiência: boletos, contas, extratos e cobranças deverão ser em formato acessível; elas terão o direito de participar da política ativamente, com a garantia do direito de votar e ser votada, em igualdade de oportunidades. Também permite que pessoas com deficiência intelectual casem legalmente ou formem união estável, entre várias outras garantias de direitos.

Livro: “Educação inclusiva, deficiência e contexto social: questões contemporâneas”,

Baixe gratuitamente o livro “Educação inclusiva, deficiência e contexto social: questões contemporâneas”, organizado por Theresinha Miranda, Nelma Galvão, Miguel Bordas e Félix Díaz.
“O enfoque desta obra decorre da relevância que o contexto sociocultural em que a pessoa está inserida serve de parâmetro para classificá-la como ‘normal’ e ‘anormal’, além de enfatizar o ensino e a escola, bem como as formas e condições de aprendizado.”

Ensino da Arte na Educação Especial e Inclusiva

Adoro artes. Estou fazendo pós em História da Arte. E penso que Artes e Inclusão combinam perfeitamente. Aliás, é um dos componentes curriculares melhor adaptável em aulas com inclusão de alunos com alguma deficiência. 

As cores das flores

Uma criança cega precisa escrever uma redação sobre as cores das flores. O vídeo mostra o desafio do menino para conseguir cumprir a tarefa. A tradução para o português foi feita para o blog “Assim como Você“, de Jairo Marques.

Para secretário, surdo deve estudar em escola especial

Mariana Mandelli – O Estado de S.Paulo
29/06/2010

O secretário municipal de Educação de São Paulo, Alexandre Schneider, afirmou anteontem que “a formação inicial dos alunos surdos deve ser em escolas especiais”. A declaração foi feita no perfil do secretário no microblog Twitter.

Schneider escreveu em sua página que o ideal seria que esses alunos estivessem em classes regulares, “mas a aquisição da linguagem por um aluno surdo é diferente” e o correto seria uma “abordagem diferente no período inicial”.

A recomendação para que pessoas com deficiências sejam educadas na rede regular de ensino está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996. O Brasil também é signatário de uma declaração internacional que selou o compromisso de garantir acesso à educação inclusiva até 2010.

“É óbvio que o melhor é incluir de uma vez, mas o surdo, quando chega à escola, muitas vezes não tem a nossa língua e nem a de sinais. Nos anos de alfabetização é importante que ele tenha um cuidado diferenciado que, infelizmente, pode não ser possível no ensino regular”, afirmou o secretário ao Estado.

Segundo Schneider, o apoio não consiste em colocar intérprete em salas de aula com mais de 30 alunos. “O surdo precisa ser alfabetizado antes para entender o intérprete. As escolas regulares têm de ter salas de apoio ou devemos manter algumas escolas especiais.”

Para Mônica Amoroso, diretora da Escola Hellen Keller, o secretário está certo. “Devemos promover a aquisição da língua primeiro, deixando que a criança surda se fortaleça em conhecimento de mundo e preserve sua autoestima.”



vídeo inclusão do índio surdos – MEC

Central de mídia do Ministério da Educação Educação Especial II

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