Sim, eu sou da época do Oralismo. Quando cursava a faculdade começava a se falar da Comunicação Total aqui no Brasil. Prática já usada nos Estados Unidos. A Derdic criou uma sala-piloto para implantar o que se chamava de “Nova filosofia de educação para o surdo”. Eu fui fazer o curso de sinais (não usava o termo Libras) com a Fonoaudióloga Cecília Moura, mas não tinha experiência nenhuma, apenas os estágios na Derdic. Meses depois de formada, ingressei em uma escola para surdos, onde estou até hoje. Lá e em outras escolas especiais, havia equipamentos como esses, afinal a oralização e a “cura” do surdo através da melhoria de seus resíduos auditivos era a proposta do momento. Alguns desses equipamentos ainda estão guardados nos armários dessas escolas, como esses. Empoeirados, hoje fazem parte de uma história para nós profissionais e para nossos ex alunos. Saudosismo puro não, história.
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Pedagoga com habilitação em Educação de Deficientes da Audio-comunicação. Psicopedagoga e professora de surdos.
Apaixonada por tecnologia assistiva e mídias sociais. Sonhadora, acredita na inclusão, no respeito as diferenças e no direito a igualdade. Viu muita coisa mudar desde que se formou, mas sabe que tem muita coisa a ser feita.
Viajante, mãe da Giulia, chocólatra e adora tomar cafés com ela mesma ou com amigos.