Sentir a vida literalmente na ponta dos dedos é a proposta desta exposição nada convencional que tem abertura no Jundiaí Shopping às 19h00 do dia 7 de novembro. Com obras criadas especialmente para este evento, a mostra “Na Ponta dos Dedos” conta com toda a sensibilidade da artista plástica Tatiana Zylberberg e Vera Pinke e fica disponível para visitação gratuitamente do dia 8 de novembro até o dia 7 de dezembro sempre de quarta a domingo, das 14h às 20h. O projeto é realizado pela 3S projetos com recursos do ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) em parceria com a ACEBEM (Associação dos Cegos do Bem) com o patrocínio da empresa AkzoNobel.
As autoras-artistas produziram 20 obras táteis buscando provocar nos visitantes outros modos de ver-compreender a realidade e fazer sentir-pensar sobre como estão lidando com a Vida. Basearam-se principalmente em ideias de Thomas Armstrong no livro a “Odisseia do desenvolvimento humano: navegando pelos 12 estágios da vida”, de Leonardo Boff em “O cuidado necessário” e de Maurice Merleau-Ponty em “Fenomenologia da Percepção”. A exposição tem uma ambientação sonora composta e interpretada por Fernando Bacelar e Aldenor Paiva, com poemas de Tatiana Zylberberg e entrevistas sobre a vida realizadas com pessoas de diversas idades-realidades.
No escuro, os visitantes de são convidados a fazer um percurso sensorial guiados pela equipe da ACEBEM, tendo a oportunidade de experimentar uma nova forma de se ver a arte, principalmente através do toque. As obras serão tocadas com as mãos, e complementadas com poesias narradas ou em braile. Temas emergentes como sustentabilidade, responsabilidade social, diversidade e inclusão serão a base desta montagem. Cabe ressaltar, que são os visitantes que determinam o tempo de exploração de cada obra.
“O propósito é ir além de querer mostrar como se vive uma pessoa com deficiência visual. A exposição assume a tarefa de questionar o quanto a visão (sentido norteador predominante em nosso cotidiano moderno para guiar nossas direções e escolhas) parece “nos educar” para não-ver. A partir do convívio no escuro e da experiência multissensorial, surge a possibilidade de reconhecer no Outro, tanto a diferença quanto a singularidade”, explica Tatiana. As obras produzidas pelas artistas nos instigam a aprender a alteridade, aprender a nos colocar no lugar do outro, não para comparar, mas para interagir.
O projeto também oferece agendamento para visitas de grupos ou escolas, voltado para estudantes do ensino fundamental e médio (a partir dos 8 anos de idade), universitários da rede pública e grupos particulares e de empresas ou demais interessados. Informação para agendamento de visitas escolares falar com Silvio Girotto através do telefone (11) 95023-9133.
fonte: recantoadormecido.com.br
Nota da blogueira: Eu fui e amei. Confesso que dá uma certa agonia ficar no escuro e depender do guia para tudo, mas é uma experiência única. Não pude deixar de pensar nas pessoas cegas que conheço e nas surdocegas que tem dificuldades duplicadas e isolamento sensorial. Coloquei-me no lugar delas por 30 minutos que permaneci lá. Indico como experiência pessoal e profissional para os profissionais da área.
Nota da blogueira: Eu fui e amei. Confesso que dá uma certa agonia ficar no escuro e depender do guia para tudo, mas é uma experiência única. Não pude deixar de pensar nas pessoas cegas que conheço e nas surdocegas que tem dificuldades duplicadas e isolamento sensorial. Coloquei-me no lugar delas por 30 minutos que permaneci lá. Indico como experiência pessoal e profissional para os profissionais da área.
Compartilhe e siga:
Pedagoga com habilitação em Educação de Deficientes da Audio-comunicação. Psicopedagoga e professora de surdos.
Apaixonada por tecnologia assistiva e mídias sociais. Sonhadora, acredita na inclusão, no respeito as diferenças e no direito a igualdade. Viu muita coisa mudar desde que se formou, mas sabe que tem muita coisa a ser feita.
Viajante, mãe da Giulia, chocólatra e adora tomar cafés com ela mesma ou com amigos.