Novo aparelho torna a Disney acessível para cegos e surdos

Novo Aparelho para Ajudar Pessoas com Deficiência nos Parques da Disney

Os engenheiros da Disney criaram um mecanismo, a partir de uma nova tecnologia assistiva, para fornecer descrições detalhadas das áreas ao ar livre para os hóspedes com deficiência visual. Usando um menu interativo de áudio, os hóspedes podem escolher o tipo de informação que desejam receber, desde informações arquitetônicas do local até a localização do banheiro mais próximo.

O dispositivo funciona utilizando uma tecnologia sem fio para localizar sua posição e tomar ações pré-programadas. O melhor de tudo, cabe na palma da sua mão.

Os engenheiros da Disney informaram que o dispositivo já reúne muitos outros recursos, incluindo audiodescrição detalhada de mais de 50 atrações, áudioamplificado para pessoas com perda auditiva leve a moderada, legendagem portátil que permite aos frequentadores ler as legendas enquanto desfrutam de passeios específicos; e ativação de legendas em monitores de televisão em áreas de pré-show.

O novo aparelho estará disponível no Walt Disney World (Flórida) a partir de 27 de junho de 2010 e na Disneyland (Califórnia) em 2011 e será totalmente gratuito!

Acesse este link da matéria original, em inglês, para assistir um pequeno vídeo de demonstração do aparelho

Aparelhos auditivos para bebês

Até agora, as famílias de crianças menores de 3 anos só podiam recorrer a aparelhos auditivos para adultos. Agora foi criado o primeiro aparto (WIDEX BABY 440) específico para bebês. Se adapta melhore amplifica os sons graves que eles requerem.

http://www.rtvcyl.es

O laptop que virou intérprete

Noelle Nascimento Buffa Furtado, de 23 anos, queria aliar duas coisas no seu trabalho de conclusão do curso de Engenharia da Computação na Veris Faculdades, em Campinas: inovar e criar algo que ajudasse outras pessoas. “Todo mundo falava muito de comercialização, mas eu não queria tirar dinheiro dos outros”, diz.

Primeiro, Noelle pensou em desenvolver algo para pessoas com deficiência visual. A ideia não vingou. Por sugestão do marido, decidiu criar um software tradutor de Libras, a língua brasileira de sinais. “A gente frequenta a igreja evangélica e são duas horas de culto. Ele comentou que os intérpretes ficam cansados, não traduzem tudo.”

O protótipo ficou pronto no ano passado: “Ele ainda precisa de melhorias, mas funciona.” O programa capta a voz da pessoa e, na tela, um boneco traduz o que foi falado para Libras.

Depois de apresentar o TCC, Noelle decidiu testar o software em uma ONG de Campinas que trabalha com pessoas com deficiência auditiva. Deixou um laptop sobre uma mesa durante uma aula. “O computador captava a voz da professora, que falava no microfone, e convertia para Libras. Ela fez perguntas sobre idade, cor favorita etc. As cinco pessoas na sala entenderam tudo.”

Na monografia de 60 páginas entregue ao professor Claudio Umezu, um dos incentivadores do projeto, Noelle explica que o software pode ser usado em qualquer lugar, basta um computador. Feita na linguagem Java, a invenção tem uma limitação: não traduz a fala de muitas pessoas ao mesmo tempo, só captura uma por vez.

Noelle, que hoje procura emprego, quer melhorar a sua criação. “Pretendo que ela seja acessível para todos, não quero comercializar.”
Agência Estado

29/06/2010

Acessa Tatuapé é ponto de encontro de jovens surdos

Quem passa pela estação Tatuapé da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na zona leste de São Paulo, fica no mínimo curioso quando vê um grupo de jovens conversando alegremente, em língua de sinais, bem em frente ao posto do Acessa SP. Quem são eles? O que estão dizendo? O que fazem ali?

A resposta é simples: estão interagindo com a cultura digital. O Acessa SP CPTM Tatuapé é um ponto de encontro de adolescentes surdos e mudos que, já incluídos digitalmente, acessam a internet todos os dias e, como qualquer outro jovem, participam de redes sociais como Orkut e MSN.

É a democracia em rede, para todos.

Superando a barreira da língua

A nossa equipe se aproximou discretamente dos jovens. Afinal, como fazer esse contato? Não sabíamos utilizar a linguagem dos sinais e não queríamos constranger o grupo com “olhares curiosos”. Então, sentamos numa mesa em frente ao Acessa SP, no espaço de convivência da estação, e esperamos o momento de dizer um “oi”, fazer um sinal de positivo com o polegar ou dar um aceno de cabeça.

Deu certo! Logo os jovens começaram a interagir com a gente. A primeira a falar foi Graziele Oliveira de Alencar, 18 anos, estudante. Como ainda tem 20% da audição, ela conseguiu entender com facilidade nossas palavras e nos ajudou a conversar com os outros adolescentes (que escreveram os próprios nomes em nosso bloco de anotações): Anderson André Grabosk, 30 anos; Caio Alexsander Pereira, 14 anos; David Rodrigues dos Santos, 20 anos; Diego Lopes Batista, 25 anos; Domingos Bispo de Araújo Neto, 15 anos; Edílson dos Santos, 15 anos; Enio Gabriel Onofre, 16 anos; Graziele Oliveira de Alencar, 18 anos; Jonathas Rodrigues de Souza, 19 anos; Kaique Nascimento, 23 anos; Maria do Socorro da Silva, 17 anos; Renato Moreira, 16 anos; Welliton Xavier Cerino, 17 anos.

Todos são alunos da Escola Municipal de Educação Especial Helen Keller, localizada no bairro da Aclimação – fundada em 1952 para apoio à educação de alunos da rede de ensino municipal portadores de deficiência auditiva. A escola atende hoje 300 estudantes. Ensina Libras (Língua Brasileira de Sinais) e leitura labial para uso cotidiano dos alunos. Desde 1992, a Helen Keller possui laboratório de informática – por isso a inclusão digital já se dá na própria escola.

Aprendendo Libras

Graziele contou que o grupo se reúne ali quase todos os dias porque todos gostam de navegar pela web. A maioria dos jovens mora na zona leste de São Paulo e, no percurso de volta para casa, passa obrigatoriamente pela estação Tatuapé da CPTM. Por isso o local é um ponto de encontro.

O jovem Diego Lopes Batista, 25 anos, depois de aprender Libras na EMEE Helen Keller, se tornou professor. Sorridente e extrovertido, costuma ajudar os monitores do Acessa SP a se comunicar com outros jovens, ensinando sinais e traduzindo expressões. Falando baixo, mas com boa dicção, Diego conta que os jovens da comunidade surda são bastante animados. “Vamos a festas e baladas, com gente de todo lugar. É muito divertido, sempre tem azaração”, contou, divertindo-se.

A equipe de monitores do Acessa SP CPTM Tatuapé é formada por Andréa, Angélica, Carlos, Cristian, Gisele, Priscila e Renan. Nenhum deles domina a linguagem de sinais. Mas a comunicação com os jovens surdos acontece por meio do aprendizado mútuo: os jovens ensinam expressões aos monitores; os monitores ensinam a melhor forma de usar as ferramentas da web para quem tem deficiência auditiva.

A monitora Andréa mostra como solicitar o RG aos usuários surdos A monitora Andréa Francisca de Jesus, 23 anos, é uma das mais animadas com o novo aprendizado. E nos mostra os principais sinais que aprendeu na convivência com os surdos. “Não sabia nada de língua de sinais. Mas sempre que precisava dizer alguma coisa usava os comandos básicos, os gestos do dia a dia, por exemplo, ‘não pode comer aqui’ [faz um “não” com o dedo], ou ’sim, pode usar este micro’ [faz o gesto com a cabeça e aponta um computador]. E assim acabei aprendendo a usar outros sinais. Adoro aprender! [risos] Não só pela necessidade do trabalho, mas por curiosidade também!”, nos contou.

A monitora Gisele Alves da Silva, 22 anos, disse que todos são tratados normalmente, surdos e ouvintes. “A diferença é que, aqui, os surdos se sentem acolhidos. Adoram usar a internet e a gente ajuda a superar uma ou outra dificuldade de navegação. Nem sempre a comunicação é clara. Mas aí a gente tenta fazer leitura labial, um fala com o outro, todos se ajudam, e tudo se resolve com tranqüilidade”, ela disse.

Agora você já sabe um pouco mais sobre a comunidade surda! E se ainda estiver curioso, pesquise na internet notícias sobre Libras. Veja nossas sugestões.

A todos vocês, que colaboraram com a equipe do Conexão Cultura nesta reportagem, nosso muito obrigado!

Saiba mais:

O posto do Acessa SP CPTM Tatuapé foi inaugurado julho de 2005. Está localizado dentro da estação Tatuapé da CPTM, na zona leste de São Paulo. São 15 computadores à disposição dos usuários, em sua maioria jovens entre 15 e 20 anos. Em média, são realizados 150 atendimentos por dia. O posto funciona de segunda a sexta, das 9h às 21h. Aos sábados, das 8h às 14h. Os sites mais acessados são Orkut, MSN e salas de bate-papo. Ao todo, são 586 unidades do Acessa SP em todo o Estado de São Paulo. A equipe do Conexão Cultura visitou o posto do Acessa SP na tarde do dia 22 de junho de 2010. A EMEE Helen Keller fica na rua Pedra Azul, 314, no bairro da Aclimação, em São Paulo.

Chat para surdos

Por Redação Link

Um novo programa que realiza chamadas por vídeo pode ajudar estudantes surdos ou com dificuldade de audição a se comunicar. Chamado de Open Video Chat (Conversa de vídeo aberta, em traduçao livre), o programa foi desenvolvido pelo Rochester Institute of Technology (RIT) e será apresentado esta semana em um simpósio de tecnologia e educação para pessoas com deficiência auditiva.

O Open Video Chat foi desenvolvido para o laptop educacional XO 1.5, da One Laptop Per Child — organização que criou um notebook de baixo custo para ser usado em escolas de países em desenvolvimento e pobres. Atualmente, o computador é usado em projetos educacionais em diversos países.

O programa permite que estudantes com dificuldade de audição se comuniquem com outros estudantes por mensagens escritas ou vídeo, caso os dois alunos saibam se comunicar com a linguagem de sinais. Uma versão do programa, ainda em testes, pode ser baixada por usuários do XO neste link.

Tecnologia de comunicação dos surdos

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